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Os fenômenos climáticos El Niño e La Niña têm um impacto significativo no clima global, trazendo consequências variadas para diversos setores econômicos. Essas alterações climáticas têm consequências distintas para diferentes regiões do mundo, com impactos, por exemplo, para agricultura, energia e seguros entre outros segmentos.

Para empresas e executivos, entendê-las é essencial para a tomada de decisões estratégicas e para a preparação adequada frente aos possíveis desafios. Um estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM) destaca que esses fenômenos podem influenciar a disponibilidade de recursos hídricos, a produção de alimentos e até mesmo a ocorrência de desastres naturais.

Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre El Niño e La Niña, suas curiosidades, impactos econômicos e fornecer dicas para as empresas se prepararem e mitigarem os efeitos.

Definição e diferenças entre El Niño e La Niña

O que é El Niño?

El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico equatorial. Esse aquecimento altera padrões climáticos globais, o que resulta em mudanças significativas nas condições meteorológicas, como aumento das chuvas em algumas regiões e secas severas em outras.

O que é La Niña?

La Niña é o oposto de El Niño. Se caracteriza pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico equatorial. Este fenômeno também altera os padrões climáticos globais, mas de maneiras diferentes.

A ocorrência de secas severas é um exemplo de atuação do El Niño e do La Niña.

Diferenças principais entre os dois fenômenos climáticos

  • Temperatura da água: El Niño envolve o aquecimento das águas do Pacífico, enquanto La Niña está associada ao resfriamento.
  • Padrões climáticos: El Niño geralmente causa mais chuvas no sul dos Estados Unidos e seca no sudeste da Ásia e Austrália. La Niña tende a trazer mais chuvas para a Austrália e o sudeste da Ásia, e condições mais secas para o sudoeste dos EUA.

Curiosidades sobre El Niño e La Niña

  • Histórico de ocorrência: El Niño e La Niña ocorrem em intervalos irregulares de 2 a 7 anos, alternando entre períodos de aquecimento e resfriamento.
  • Impactos históricos: O El Niño de 1997-1998 foi um dos mais fortes já registrados e chegou a provocar enchentes e secas ao redor do mundo. Em contraste, La Niña de 2010-2011 resultou inundações catastróficas para a Austrália, enquanto a agricultura do Sul do Brasil sofreu uma das piores crises de todos os tempos por falta de chuva. O El Niño do ano passado nem foi um dos mais fortes já registrados, mas a sua combinação com o cenário de aquecimento global provou uma das piores enchentes no Sul e ondas de calor no país.

Impacto econômico de El Niño e La Niña

Um estudo publicado na revista Nature estima que os ciclos de El Niño e La Niña reduziram a taxa de crescimento do PIB global em 0,6% ao ano entre 1960 e 2019. Este cenário representou uma perda acumulada de US$ 13,5 trilhões em produção econômica.

Para reforçar a gravidade dos impactos econômicos, pesquisadores estimam que padrões fortes de El Niño associados às emissões contínuas de gases de efeito estufa podem causar perdas econômicas globais adicionais de US$ 33 trilhões até o final do século.

Influência na agricultura

El Niño tende a trazer chuvas excessivas ou secas e afetar culturas como soja, milho e trigo. Esse fenômeno pode impactar negativamente a produção global de trigo e cana-de-açúcar, com risco de alta para os preços desses produtos.

El Niño tende a trazer chuvas excessivas prejudicando a agricultura

Consequências para o setor energético

As mudanças nos padrões de precipitação e temperatura influenciam a geração de energia hidrelétrica. Períodos de seca podem reduzir a capacidade de geração, especialmente em regiões dependentes deste tipo de energia.

Um relatório da Department of Energy dos EUA destaca que as mudanças climáticas afetarão a geração de hidrelétricas em 132 usinas federais, com a previsão de reduzir significativamente a produção de energia devido à diminuição dos níveis de água.

Efeitos no comércio e transportes

Fenômenos climáticos extremos, como tempestades e enchentes, podem interromper cadeias de suprimentos, comprometer a logística e aumentar custos de transporte e armazenamento.

Uma pesquisa da Nature Climate Change indicou que o aumento da frequência e da intensidade de tempestades marítimas poderá afetar cerca de 1 bilhão de dólares anualmente em perdas relacionadas ao comércio marítimo até 2050.

A interrupção da infraestrutura viária causada por enchentes pode trazer os custos adicionais ao setor de transporte significativamente. De acordo com um relatório da World Bank, a adaptação aos riscos climáticos poderá exigir investimentos até 13 bilhões de dólares anuais nas redes de transporte da África Subsaariana, para mitigar os impactos das mudanças climáticas e prevenir interrupções.

Dicas e considerações para empresas

  • Monitoramento ativo: Usar serviços de previsão meteorológica para ajustar operações conforme possíveis mudanças climáticas.
  • Diversificação: Diversificar fontes de matéria-prima e mercados para reduzir riscos associados a desastres climáticos em uma região específica.

Estratégias de mitigação e adaptação

  • Planejamento de contingência: Desenvolver planos alternativos para assegurar a continuidade dos negócios em condições climáticas adversas.
  • Investimentos em tecnologia: Utilizar tecnologias de precisão na agricultura para otimizar plantio e colheita em condições variáveis.

Apoio e monitoramento com especialistas

Compreender os fenômenos El Niño e La Niña é essencial para empresas que desejam se preparar para desafios climáticos e minimizar seus impactos. Monitorar e planejar de acordo com essas variações podem proporcionar vantagens competitivas e garantir uma melhor resiliência nos negócios.

Para isso, é possível contar com a Nottus Meteorologia, consultoria especializada em planejamento estratégico e análises de dados climáticos com profissionais técnicos de excelência para enfrentar fenômenos climáticos.

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