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A meteorologia tem se consolidado como uma ciência fundamental para o planejamento estratégico em diversos setores econômicos, especialmente no agronegócio. Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, a análise das variações dos elementos e fatores do clima torna-se imprescindível para a tomada de decisões assertivas em todas as fases da cadeia de produção agrícola.

Neste texto, vamos apresentar projeções climáticas para o agronegócio no Brasil e nos EUA, considerando o impacto do fenômeno La Niña e a importância da sustentabilidade na produção de alimentos. Todas as análises foram realizadas pelos especialistas da Nottus Meteorologia.

Projeções climáticas de neutralidade

Após um período prolongado de La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, a fase atualmente é de neutralidade climática. Essa mudança pode influenciar os padrões de chuva e temperatura em diversas regiões produtoras do Brasil e dos EUA, afetando diretamente as safras de outono-inverno.

O fenômeno La Niña, que persistiu por três anos consecutivos, causou impactos significativos na agricultura global. No Brasil, ele foi responsável por estiagens prolongadas em algumas regiões, enquanto, em outras, provocou chuvas acima da média. Com o seu fim, espera-se uma maior estabilidade climática, o que pode favorecer o planejamento agrícola.

No entanto, é importante ressaltar que a neutralidade climática não significa ausência de riscos. Anomalias de temperatura e precipitação ainda podem ocorrer, exigindo um monitoramento constante das condições meteorológicas.

Impactos na agricultura brasileira

No Brasil, a neutralidade climática pode resultar em chuvas mais intercaladas e ondas de frio, favorecendo culturas como trigo e cevada. No entanto, episódios de chuva durante o inverno podem atrapalhar a colheita do café, o que demanda um planejamento cuidadoso por parte dos produtores.

A região Sul do País, principal produtora de trigo e cevada, pode se beneficiar das condições climáticas previstas para o outono-inverno de 2025. A expectativa é de uma boa disponibilidade hídrica no solo, combinada com horas de frio suficientes para o desenvolvimento adequado dessas culturas. O fator tende a resultar em uma safra de qualidade superior e com produtividades acima da média histórica.

Por outro lado, os cafeicultores das regiões Sudeste e Centro-Oeste devem ficar atentos aos episódios de chuva durante a colheita. O excesso de umidade é capaz de prejudicar a qualidade dos grãos e dificultar o processo de secagem. Nesses casos, é fundamental contar com um planejamento estratégico e infraestrutura adequada para minimizar as perdas.

Além disso, as chuvas mais intercaladas têm a capacidade de favorecer o desenvolvimento de doenças fúngicas em diversas culturas. Produtores de soja, milho, algodão e outras commodities devem reforçar o monitoramento fitossanitário e adotar medidas de controle preventivo para evitar prejuízos.

Projeções climáticas para pastagens e criação de gado

As condições climáticas para 2025 no Sul do Brasil favorecem as pastagens de inverno e campo nativo, apesar do risco de geadas. No Sudeste e Centro-Oeste, a previsão indica um período seco menos extremo e duradouro, com chuvas suficientes para o desenvolvimento do pasto.

As condições climáticas para 2025 no Sul do Brasil favorecem as pastagens de inverno e campo nativo
As condições climáticas para 2025 no Sul do Brasil favorecem as pastagens de inverno e campo nativo

O cenário climático em 2025 para o centro-sul do Brasil mostra-se melhor que em 2024, com reposição hídrica e umidade do solo favorecendo as pastagens e reduzindo o tempo de suplementação alimentar dos rebanhos. No Sul, espera-se condições de chuva e temperatura próximas às médias.

Projeções climáticas para a agricultura nos EUA

Nos EUA, as baixas temperaturas e chuvas de abril podem atrasar o plantio de milho e soja. Esse cenário requer uma análise minuciosa das condições de umidade do solo e da viabilidade de se estabelecer uma janela de semeadura adequada para garantir a produtividade dessas culturas estratégicas.

O Meio-Oeste americano, conhecido como “Cinturão do Milho”, pode enfrentar desafios no início da safra 2025. As chuvas acima da média de abril podem deixar os solos excessivamente úmidos, o que dificulta a entrada de máquinas nas lavouras e atrasando a semeadura. Isso pode comprometer o potencial produtivo do milho e da soja, uma vez que a data de plantio é um fator determinante para o sucesso dessas culturas.

Projeções gratuitas e completas para a agricultura

As projeções climáticas presentes no texto são um recorte da revista bimestral “Clima e Agronegócio”, produzida pelos especialistas da Nottus Meteorologia.

O documento traz análises completas e detalhadas, para as safras de outono-inverno no Brasil e nos EUA. Além disso, você encontrará insights de especialistas e recomendações práticas para o planejamento agrícola.

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